A sepse ou infecção generalizada
pode ser definida como a resposta sistêmica a uma doença infecciosa, onde
ocorre um processo inflamatório grave ocasionando uma resposta imunológica
intensa, a maior taxa de mortalidade por choque séptico está nas primeiras 24
horas. O choque séptico é o estado de falência circulatória e metabólica aguda
caracterizada pela persistência de hipotensão arterial, o diagnóstico nessa
fase pode ser considerado tardio.
O diagnóstico de sepse é realizado pela
identificação de presença da bactéria no sangue, outros métodos como o
hemograma são fundamentais para complementar o diagnóstico de sepse. Para
realizar a identificação de presença da bactéria no sangue é utilizado o exame
de hemocultura tendo como complemento a leitura de gram em lâmina e semeadura
em meio de cultivo para identificação da bactéria. Contudo a velocidade na
identificação da bactéria é fundamental para a sobrevida do paciente, por
tanto, a diferenciação do gram é muito importante como parcial de diagnóstico.
A hemocultura é um exame laboratorial normalmente
realizado no hospital, onde é feito a coleta de sangue do paciente em um
recipiente conhecido como garrafa de hemocultura, que contém meio de cultura
específico para o crescimento de bactérias ou fungos. Esse exame é indicado em
caso de suspeita de infecção no sangue.
É recomendado que sejam coletadas de 2 a 3 amostras
de hemocultura em locais diferentes do corpo. É importante que a coleta seja
feita antes do início do uso de antibióticos, pois pode vir a interferir no
resultado do exame.
A coloração de gram é um método utilizado para
classificar espécies de bactérias em dois grupos, sendo elas gram-positiva e
gram-negativa. Dentro destas classificações, é possível dividir em outros
agrupamentos os bacilos e os cocos de acordo com sua morfologia.
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