segunda-feira, 20 de maio de 2024

Hemocultura no diagnóstico de infecções hospitalares

 





A sepse ou infecção generalizada pode ser definida como a resposta sistêmica a uma doença infecciosa, onde ocorre um processo inflamatório grave ocasionando uma resposta imunológica intensa, a maior taxa de mortalidade por choque séptico está nas primeiras 24 horas. O choque séptico é o estado de falência circulatória e metabólica aguda caracterizada pela persistência de hipotensão arterial, o diagnóstico nessa fase pode ser considerado tardio.

O diagnóstico de sepse é realizado pela identificação de presença da bactéria no sangue, outros métodos como o hemograma são fundamentais para complementar o diagnóstico de sepse. Para realizar a identificação de presença da bactéria no sangue é utilizado o exame de hemocultura tendo como complemento a leitura de gram em lâmina e semeadura em meio de cultivo para identificação da bactéria. Contudo a velocidade na identificação da bactéria é fundamental para a sobrevida do paciente, por tanto, a diferenciação do gram é muito importante como parcial de diagnóstico.

A hemocultura é um exame laboratorial normalmente realizado no hospital, onde é feito a coleta de sangue do paciente em um recipiente conhecido como garrafa de hemocultura, que contém meio de cultura específico para o crescimento de bactérias ou fungos. Esse exame é indicado em caso de suspeita de infecção no sangue.

É recomendado que sejam coletadas de 2 a 3 amostras de hemocultura em locais diferentes do corpo. É importante que a coleta seja feita antes do início do uso de antibióticos, pois pode vir a interferir no resultado do exame.

A coloração de gram é um método utilizado para classificar espécies de bactérias em dois grupos, sendo elas gram-positiva e gram-negativa. Dentro destas classificações, é possível dividir em outros agrupamentos os bacilos e os cocos de acordo com sua morfologia.


MELLO, Fabiana; DE VARGAS, Emiliana Giusti. As ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS ENCONTRADAS NA SEPSE BACTERIANA. Revista de Ciências da Saúde-REVIVA, v. 3, n. 1, 2024.

DE ARAUJO, Maria Rita Elmor. Hemocultura: recomendações de coleta, processamento e interpretação dos resultados. Journal of Infection Control, v. 1, n. 1, p. 8-19, 2012.

SILVA, Eliézer. Sepse, um problema do tamanho do Brasil. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 18, p. 5-6, 2006.

MACHADO, Flavia Ribeiro. Sepse: um problema de saúde pública. Instituto Latino-Americano de SEPSE (ILAS), 90 p, 2015.

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