A sepse ou infecção generalizada
pode ser definida como a resposta sistêmica a uma doença infecciosa, onde
ocorre um processo inflamatório grave ocasionando uma resposta imunológica
intensa, a maior taxa de mortalidade por choque séptico está nas primeiras 24
horas. O choque séptico é o estado de falência circulatória e metabólica aguda
caracterizada pela persistência de hipotensão arterial, o diagnóstico nessa
fase pode ser considerado tardio.
O diagnóstico de sepse é realizado pela
identificação de presença da bactéria no sangue, outros métodos como o
hemograma são fundamentais para complementar o diagnóstico de sepse. Para
realizar a identificação de presença da bactéria no sangue é utilizado o exame
de hemocultura tendo como complemento a leitura de gram em lâmina e semeadura
em meio de cultivo para identificação da bactéria. Contudo a velocidade na
identificação da bactéria é fundamental para a sobrevida do paciente, por
tanto, a diferenciação do gram é muito importante como parcial de diagnóstico.
A hemocultura é um exame laboratorial normalmente
realizado no hospital, onde é feito a coleta de sangue do paciente em um
recipiente conhecido como garrafa de hemocultura, que contém meio de cultura
específico para o crescimento de bactérias ou fungos. Esse exame é indicado em
caso de suspeita de infecção no sangue.
É recomendado que sejam coletadas de 2 a 3 amostras
de hemocultura em locais diferentes do corpo. É importante que a coleta seja
feita antes do início do uso de antibióticos, pois pode vir a interferir no
resultado do exame.
A coloração de gram é um método utilizado para
classificar espécies de bactérias em dois grupos, sendo elas gram-positiva e
gram-negativa. Dentro destas classificações, é possível dividir em outros
agrupamentos os bacilos e os cocos de acordo com sua morfologia.
MELLO, Fabiana; DE VARGAS, Emiliana Giusti. As ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS ENCONTRADAS NA SEPSE BACTERIANA. Revista de Ciências da Saúde-REVIVA, v. 3, n. 1, 2024.
DE ARAUJO, Maria Rita Elmor. Hemocultura: recomendações de coleta, processamento e interpretação dos resultados. Journal of Infection Control, v. 1, n. 1, p. 8-19, 2012.
SILVA, Eliézer. Sepse, um problema do tamanho do Brasil. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 18, p. 5-6, 2006.
MACHADO, Flavia Ribeiro. Sepse: um problema de saúde pública. Instituto Latino-Americano de SEPSE (ILAS), 90 p, 2015.
A sepse é um agravo que gera inúmeros problemas a todo o sistema de saúde como: alto custo, interfere no giro de leito, entre outros e o mais grave, no Brasil ainda apresenta um triste e elevado índice de mortalidade, algo que é incomensurável.
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