Infecção hospitalar (IH) é definida como aquela que
é adquirida após a internação do paciente, podendo se manifestar durante a
internação ou após a alta. As IHs são multifatoriais e são causadas por um
desequilíbrio da relação existente entre a microbiota normal do paciente e os
mecanismos de defesa do hospedeiro. Pode ocorrer devido à própria patologia do
paciente ou de procedimentos realizados pelo paciente no hospital. As bactérias
que predominam nas IHs raramente causam infecções em outras situações, porém,
devido à queda da resistência do paciente o processo infeccioso pode vir a se
desenvolver. As IHs podem ocasionar o aumento do tempo de internação do
paciente colocando em maiores riscos de mortalidade hospitalar.
Em 1997 a Lei 9431 foi aprovada, tornando obrigatório a presença da CCIH e o
programa de controle de IH em estruturas hospitalares. As boas práticas de
assistência decorrem da integração dos setores que contribuem para o controle
de infecção. A cultura de vigilância tem papel fundamental no controle de IHs,
a coleta de amostra é realizada de acordo com o protocolo elaborado pelo CCIH.
O processo laboratorial consiste em pesquisa de bactérias produtoras de
betalactamase de espectro estendido (ESBL), Enterococcus faecalis e Enterococcus
faecium resistentes à vancomicina (VRE), enterobactérias resistentes aos
carbapenêmicos, Pseudomonas aeruginosa resistente aos carbapenêmicos
e Acinetobacter baumannii resistente aos carbapenêmicos. A
pesquisa realizada pelo laboratório é feita através da coleta de swabs de
vigilância que ocorre de acordo com o protocolo estipulado pela CCIH, após a
coleta é semeada em meio de cultura seletivo.
As principais bactérias associadas às infecções hospitalares são as Pseudomonas
aeruginosa, Staphylococcus aureus, Acinetobacter baumannii,
Proteus mirabilis que em caso de agravamento pelo tratamento tardio podem
ocasionar em sepse.